terça-feira, 25 de maio de 2010

IRONMAN BRASIL 2010

Referência no calendário nacional de triathlon, o Ironman Brasil acontece na capital catarinense no próximo final de semana (30/05). A partir das 7h, 1.650 atletas tem um total de 226 quilômetros de percurso: 3,8 de natação, 42,1 de corrida e 180 de ciclismo.

Entre os nomes favoritos para a prova estão o do argentino Eduardo Sturla, tricampeão da prova, o australiano Luke McKenzie, vencedor do Ironman China e de outras duas provas na Austrália. Na prova feminina, o destaque vai para a norte-americana Dede Grisbauer, vencedora da edição de 2009.

As melhores colocações na prova garantem vaga para a etapa do Havaí e também uma premiação em dinheiro, 50 mil dólares distribuído entre os melhores colocados. São 36 países representados por diversos triatletas, muitos deles com históricos na prova.

Petr Vabrousek, terceiro colocado em 2009, 48º no Havaí e sexto no Ironman Utah (EUA) 2010, é um dos nomes de destaque da prova. Assim como o argentino Oscar Galindez, que já vive em Santos (SP) há 15 anos e fica em evidência em todas as provas das quais participa.

Na disputa feminina, a atual campeã Dede Grisbauer vem também com a nona colocação na prova do Havaí de 2009 e outras boas classificações em provas em 2010. Embalada por um terceiro lugar no Ironman Malásia, a também norte americana Hilary Biscay, vice em 2008, busca seu primeiro título na prova. Aos 36 anos, a checa naturalizada canadense, Tereza Macel, figura entre os destaques do circuito internacional e também estará em Florianópolis para disputar o título do Ironman Brasil 2010.

Fonte: Webrun

XTERRA TERÊ


Em um domingo com clima perfeito, foi realizado o 5º XTerra Series Terê Cross Triathlon, no Hotel fazenda Boa Vida. O local é excelente para a realização desse tipo de evento e a prova foi muito bem organizada. No total o evento em Teresópolis mais que dobrou o número de participantes, foram cerca de 250 que competiram neste final de semana. Atletas de Minas, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro além de 2 estrangeiros, estiveram presentes nas 4 provas que envolveram o evento deste ano. Mesmo assim, o números de participantes não foi o esperado pela organização devido à proximidade com o Ironman Brasil em Florianópolis na semana seguinte, mas isso não tirou o brilho do evento.

A primeira prova do evento foi o 26 MTB Cup. Foram 5 voltas no circuito tradicional de Triathlon Cross Country. As chegadas foram consecutivas a parti da chegada do primeiro colocado que foi de Hugo Prado Neto, este ganhou sem dificuldades. Já no feminino, Manuela Vilaseca foi à vencedora. A tarde foi a vez do 800M Swim Challenge e da corrida 6Km Trial Run. Atletas da cidade dominaram a corrida na categoria masculina. Vitória de Fábio Matos no belo circuito envolvendo muitas subidas e satisfação dos 113 competidores que completaram a prova.



No domingo foi a vez da última e principal prova do XTerra Series Terê Adventure o 5º Terê Cross Triathlon. Mesmo com a água fria, em torno de 19º C, a natação foi bem rápida em seguida os atletas partiram para enfrentar as 4 voltas no percurso de ciclismo onde a maior dificuldade era uma grande subida logo no início, em que quase todos os atletas precisavam descer e empurrar a bike, seguida de um downhill bastante técnico. Terminado o ciclismo, os atletas tiveram uma etapa de corrida recheada de diversidade: grama, terra, paralelepípedo, trilhas, subidas bem íngremes, além de cruzarem uma ponte suspensa por sobre o lago onde ocorreu a natação, no melhor estilo Indiana Jones! Após 1h48m53 Frederico Zacharias atleta de Juiz de Fora venceu a prova. Frederico abriu larga vantagem sobre os demais competidores na modalidade de MTB, onde fez garantir a sua vitória. A segunda colocação foi Cristian Cruz de Niterói. No entanto, Cristian cometeu um erro em um trecho da prova na modalidade corrida e acabou ficando na 3ª posição dando a 2ª posição para Newton Leitão atleta de Minas Gerais. Já no Feminino a carioca Andréia Carloni foi a campeã deixando a segunda colocada a canadense atualmente morado no Rio, Diane Clement, na segunda posição.

terça-feira, 4 de maio de 2010

NUTRIÇÃO NO IRONMAN



Para uma prova como o Ironman, sem dúvida nenhuma precisamos nadar, pedalar e correr muito para atingir nosso objetivo, seja ele qual for. Entretanto, toda máquina precisa de combustível para funcionar e com nosso corpo não é diferente, portanto devemos dedicar especial atenção à nossa nutrição, para mantermos nossos níveis de energia sempre abastecidos.

Muitas dúvidas surgem sobre esse tema: o que devo comer? Quanto? De quanto em quanto tempo? Mas, o mais importante na verdade é estabelecer o que você não pode comer!

Alimentos que contenham muita gordura são de difícil digestão e “pesam” no estômago. Assim como os alimentos que contém muita fibra tornam a digestão mais lenta e consequentemente o processo de obtenção de energia mais demorado. Em relação a alimentos protéicos, podemos utilizá-los, guardando a proporção de ¼ em relação aos carboidratos, estes sim extremamente importantes e que devem ser administrados levando-se em consideração suas velocidades de absorção (rápida e gradual).

Em termos práticos e de uma maneira geral, devemos tomar o café da manhã em torno de três horas antes da prova e uma boa opção são torradas ou biscoitos com geléia e suco de frutas.

Durante a natação só devemos ingerir algum alimento caso nosso tempo supere 1h 30 minutos e essa ingestão pode ser feita utilizando um gel de carboidrato e água no posto de hidratação que é colocado no fim da primeira volta.

Durante o ciclismo é extremamente importante que não façamos nenhuma ingestão antes dos primeiros vinte minutos, pois nosso corpo ainda estará ajustando suas demandas de fluxo sanguíneo e como o processo digestivo precisa que o fluxo sanguíneo migre para o estômago, podemos ter algum desconforto. A partir daí, devemos dar início à nossa programação nutricional. Nessa programação, idealmente, deveríamos ter 40% de alimentos sólidos e 60% de alimentos líquidos para facilitar o processo digestivo e de obtenção de energia. Algumas opções de alimentos sólidos seriam: barras energéticas, pequenos sanduíches de pão branco com geléia de frutas e cookies. Para alimentos líquidos, temos várias opções de bebidas esportivas, já com uma concentração estabelecida que contenha quantidades energéticas adequadas, além dos géis de carboidratos e da maltodextrina que pode ser misturada a qualquer bebida, completando, assim, sua necessidade calórica.

De uma forma geral devemos ingerir de 300 a 500 kcal por hora no ciclismo (a quantidade correta para cada atleta deve ser estabelecida por um profissional de nutrição) e, portanto podemos utilizar uma combinação das opções supracitadas para chegar a essa quantidade calórica, sempre respeitando a proporção de 40% de alimentos sólidos e 60% de líquidos. Entretanto, tão importante como escolher as opções a serem usadas é saber como ingeri-las. O mais indicado seria a cada 10 ou 15 minutos fazer a ingestão de pequenas quantidades, até que ao final de uma hora tenhamos ingerido a referida quantidade e continuar repetindo essa seqüência durante todo o cilismo. Essa sistematização é importante, pois ajuda a manter a glicemia (nível de açúcar sanguíneo) sempre estável. Se for difícil carregar todos seus alimentos de uma só vez, uma opção é deixar parte no special needs que fica no Km 90, ao final da primeira volta do ciclismo.

Em relação à hidratação, calcula-se algo em torno de 750ml por hora de prova. Essa hidratação deve, também, levar em consideração a reposição de eletrólitos (sais minerais) perdidos através do suor. Para essa reposição temos como opções as bebidas isotônicas e hidroeletrolíticas (devemos observar a quantidade calórica para não ultrapassarmos o máximo estabelecido para cada hora de prova), cápsulas de sal e as pastilhas efervescentes que podem ser adicionadas a qualquer bebida.

Já na etapa de corrida, a faixa calórica por hora cai para 150 / 250 kcal, visto que a intensidade tende a ser maior e quanto mais intensa for a atividade, mais difícil será a digestão. Aqui, preferencialmente deveríamos ingerir apenas alimentos líquidos como géis e bebidas esportivas, para facilitar todo o processo digestivo e o esvaziamento gástrico. Mais uma vez precisamos ter atenção à freqüência com a qual ingerimos os alimentos, a fim de mantermos os níveis de energia estáveis e devemos fazer, como no ciclismo, essa ingestão a cada 10 ou 15 minutos. Novamente podemos deixar parte de nossa alimentação ou calorias extras no special needs no Km 21 da corrida.

Dê bastante atenção à sua nutrição e hidratação, pois se elas forem bem planejadas e treinadas, você terá energia durante os 226km da prova!

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Rodrigo Tosta, Coach - Rio de Janeiro, Brasil
http://www.ironguides.net/br
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