sábado, 14 de agosto de 2010

BENEFÍCIOS DE CORRER NA ESTEIRA


A esteira é uma ferramenta que não é explorada o quanto deveria. Vários campeões mundiais já fizeram a maior parte de seus treinos na esteira, e quando voltaram para a rua estavam mais rápidos do que nunca. Mas como a esteira por contribuir tanto para melhorar sua técnica?

Correr em uma esteira sem inclinação lhe permite correr mais rápido do que na rua, porém com a mesma carga aeróbica, o que significa que você pode correr mais rápido por mais tempo, desenvolvendo assim sua habilidade motora relacionado com um ritmo mais rápido do que o normal. A carga aeróbica seja na rua ou na esteira, é a mesma.

O que isso significa? Que você tem um maior benefício pelo mesmo treino. Pois a sensação é que correr a 4’30”/km na esteira é mais fácil do que o mesmo ritmo na rua, e é mesmo, mas lembre-se que a idéia é correr com a mesma carga aeróbica. Se você consegue correr a 4’30”/km por 5km na rua, é provável que na esteira você consiga manter 4’15”/km, o que lhe da o mesmo treino aeróbico porém você trabalha sua habilidade motora em uma maior velocidade, fazendo isso com frequencia, sua musculatura estará acostumada a trabalhar e contrair naquele ritmo e você acaba correndo mais rápido pois você está treinando mais do que seu sistema aeróbico.

A medida que você acostuma a corer na esteira, é possível simular a realidade da corrida do triathlon cada vez mais. Você pode usar inclinações, ou combinar com uma bicicleta de spinning para treinos simulados, dependendo da academia, treinos de natação+corrida, além de musculação para as pernas que lhe ensinarão a corer com as pernas cansadas. Contando que você faça cada treino com o objetivo de corer com a melhor técnica possível, você vai melhorar bastante sua habilidade de corer bem em uma prova de triathlon.

Outro benefício da esteira é ter um controle das variáveis como vento ou inclinação, a esteira lhe permite monitorar melhor sua melhora treino após treino, e isso lhe ensina a entender melhor como seu corpo responde a fatores externos como sono, dieta, estresse, etc. A medida que você faz treinos e mais treinos na esteira, isso lhe gera um feedback sobre onde você está em termos de forma física em relação aos treinos no passado, o que serve como um termometro de fitness sem que você precise ficar competindo diversas vezes.

Um benefício extra para aqueles atletas que moram em uma cidade grande é o menor tempo gasto com a logística de ir a um parque ou pista de atletismo, pois tem sempre uma academia perto de casa com esteira boa (que chegue a pelo menos 16km/h), e você tem os benefícios de terminar o treino na academia, seja antes do trabalho ou após, além da temperatura sempre amena, seja no extremo inverno ou verão.

O maior motivo para que os atletas não usem a esteira é a parte mental, pois de fato correr na esteira sem uma série desafiadora pode ser relativamente monótono, mas experimente estruturar seus treinos e em pouco tempo correr na esteira irá ser algo extremamente divertido e desafiador.

Por Vinícius Santana
ironguides coach, Tailândia

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

DESIDRATAÇÃO E PERFORMANCE ESPORTIVA

Um indivíduo é constituído por aproximadamente 60% de água. Um atleta de elite pode chegar a 70%. Do total de água corporal, aproximadamente 65% estão dentro das células e 35% nos líquidos corporais.

Desidratação é definida como a condição que resulta da perda excessiva de água corporal (acima de 2%). A desidratação diminui a resistência física e pode resultar em hipertermia (aumento da temperatura corporal) além de sintomas de sede, calor, boca seca, fadiga e fraqueza. Se a desidratação chegar a 5%, a transpiração diminui e a temperatura corporal aumenta mais. Uma desidratação de 10% é considerada emergência com sintomas de espasmos musculares, confusão mental e risco de perda de consciência.

As bebidas esportivas variam muito em sua composição e a necessidade de seu uso também é muito variada de acordo com o tipo de esporte, nível do atleta e fatores ambientais. A ingestão total de água recomendada é de 2,7 a 3,7 litros por dia sem considerar as perdas pelo suór (1 a 2,5 litros por hora de atividade esportiva).

Em comparação com atividades de resistência prolongada (corrida, maratona), estudos mostram que a performance do atleta não é afetada por desidratação ou hipertermia moderada em atividades anaeróbicas de alta intensidade. O que levaria à diminuição do rendimento seria, então, o estresse térmico e a atividade contínua.

No Tênis ocorre leve a moderada desidratação. Tenistas podem se beneficiar do uso de bebidas esportivas, porém aquelas com menos de 8% de concentração de carboidratos podem levar a distúrbios gastrointestinais.

Basicamente, do ponto de vista fisiológico, a água é um ótimo recurso para hidratação para atividades físicas e esportivas com duração de até uma hora.

Notas:
(1) um jogador de futebol perde aproximadamente 6% do peso corporal durante um jogo;
(2) a perda de líquido e eletrólitos pode ser adequadamente reposta por bebidas repositoras;
(3) o controle de perda hídrica deve fazer parte do programa de treinamento para prevenção da desidratação crônica.
Fonte: www.bangsports.com.br

terça-feira, 10 de agosto de 2010

RESULTADOS XTERRA BRASIL


O sul-africano Dan Hugo e a americana Shonny Vanlandingham venceram o XTERRA Brazil, a etapa brasileira do circuito mundial de triathlon cross country, no último sábado, dia 7, em Mangaratiba, Rio de Janeiro. Dan Hugo completou os 1,5km de natação, 29km de mountain bike e 9km de corrida em trilha em 2h21min12s, enquanto Shonny fez o tempo de 2h43min40s. Os melhores brasileiros foram Alexandre Manzan (2h26min39s) e Sabrina Gobbo (3h11min31s), ambos em segundo lugar. No masculino, Felipe Moletta (2h37min10s) foi o terceiro e, no feminino, Luzia Bello (3h13min45s).

Dois atletas ironguides se classificaram para o mundial de XTerra no Havaí, que será disputado em outubro: Priscila Paiva que foi a 3ª colocada na categoria F45/49 e Rui Dieguez que acabou conseguindo a vaga no row down.

Parabéns aos meus dois atletas pelo empenho e dedicação nos treinamentos!!! Rumo ao Havaí, aloha!!!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

NÃO TENHA VERGONHA DE TREINAR POUCO OU LEVE (PARTE 1)


É muito comum eu receber feedbacks dos atletas dizendo que seus treinos estão muito curtos, que gostariam de treinar mais ou que acabaram fazendo o treino regenerativo da semana acima da intensidade proposta.

O primeiro caso acontece, principalmente, porque a grande maioria dos atletas ainda pensa dentro daquele antigo slogan, “quanto mais, melhor!”

A evolução dos processos de treinamento e a vivência prática que temos hoje, nos mostra que é extremamente importante ter qualidade nas sessões de treino e que a recuperação de cada uma dessas sessões é de fundamental importância para a sessão seguinte.

Não que os treinos longos não tenham seu valor, mas precisamos deixá-los para os momentos certos dentro dos períodos específicos de treinamento, para não causarmos estresses desnecessários ao corpo, obrigando-nos a aumentar os períodos de recuperação, quebrando a consistência, fragilizando nosso sistema imunológico e prejudicando, muitas vezes, a percepção de aspectos técnicos devido à alta carga de trabalho.

Tomando como exemplo o treinamento de nadadores de 50 ou 100m livres, podemos perceber que algum tempo atrás (década de 80) se nadava um enorme volume, em torno de 20.000 metros por dia, hoje essa realidade é bem diferente e os atletas treinam mais aspectos técnicos, além de fazerem muito trabalho de força e potência fora da piscina, o que diminuiu, consequentemente, o volume de treinos dentro d’água.

E nem por isso deixaram de baixar suas marcas e bater recordes. Para termos uma idéia, atletas como o campeão mundial e olímpico Cesar Cielo nadam em média 5 a 8 mil metros por dia.

Treinar com pequenos volumes não significa treinar pouco e muito menos estar despreparado fisicamente, contando, logicamente, que seu treino esteja bem planejado e estruturado. Treino curto pode sim ser sinônimo de qualidade e boa preparação, mesmo que seu objetivo seja competir em provas longas. Valências como velocidade, força e habilidades motoras devem ser desenvolvidas ao longo do processo de treinamento e para isso é necessário que os volumes sejam reduzidos, já que, normalmente, nesses tipos de treino, as intensidades serão maiores.

Aposte em treinos mais curtos, com foco em velocidade, força e habilidade motoras e deixe o volume para mais perto das provas longas (6 a 8 semanas) e não fique preocupado com sua resistência, você irá adquiri-la, de uma maneira ou de outra!
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Rodrigo Tosta, Coach - Rio de Janeiro, Brasil
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