quinta-feira, 18 de novembro de 2010

AVALIE SUA TEMPORADA


“Adeus ano velho... feliz ano novo...” Mais um fim de ano se aproxima e como de costume olhamos para trás para nos certificarmos se alcançamos os objetivos traçados, se realizamos os nossos sonhos e se superamos alguma expectativa, além, é claro, de fazemos projeções para o futuro...

Muitos atletas chegam a essa época se perguntando como serão mais rápidos nas próximas corridas e o que devem fazer para atingir essa meta. Mas quando fazemos o exercício de reflexão em relação à nossa temporada esportiva devemos ter como base, antes de mais nada, nosso planejamento estratégico traçado para esse período.

Quais eram os objetivos, as buscas, as ambições? Existiam metas intermediárias? As etapas foram respeitadas ou pulamos alguma? Todas essas questões devem ser levadas em consideração para avaliarmos se estamos no caminho certo e prontos para iniciar um novo ciclo.

De uma maneira geral olha-se muito para os resultados das provas para se avaliar a evolução do atleta, mas devemos ter em mente que, principalmente para atletas amadores, essa é uma avaliação muito minimalista, visto que, na grande maioria das vezes, esses atletas tem dificuldades muito maiores do que cruzar a linha de chegada em menos tempo!

Quando sento com um de meus atletas para avaliar sua temporada, analiso diversos pontos que, nem sempre, estão relacionados com a performance, mas que se bem trabalhados, trarão resultados em seu desempenho a médio ou longo prazo. Podemos tomar como exemplo atletas que no início da temporada passada não conseguiam cumprir a planilha por falta, não de tempo, mas de disciplina e organização e agora não perdem nenhum treino ou atletas que tinham enormes dificuldades em manter uma alimentação saudável e balanceada e agora diminuíram seu percentual de gordura, dormem melhor e acordam mais dispostos.

Em termos de treinamento, sempre avalio o fato de o atleta ter consciência de seu estado de evolução. Se ele está atento aos sinais dados pelo seu corpo. Isso é importante, para sabermos quando podemos exigir mais e buscar níveis antes inimagináveis, assim como para prevenir o overtraning, pois é comum vermos atletas que, por não estarem atentos a esses sinais, acabam passando dos limites e se lesionando. Essa é uma avaliação simples de ser feita através da repetição de determinados treinos ao longo do ano, que podemos chamar de “treinos chave”.

Outro aspecto que costumo avaliar é se o atleta está aprendendo a maximizar seus treinos em função do número, normalmente, limitado, de horas que tem para treinar por semana. É bem comum, principalmente para atletas menos experientes, acumular o que chamamos de “milhas vazias”, ou seja, treinos sem objetivos definidos e que muitas vezes trazem apenas um benefício aeróbio. Quando na verdade, podemos usar aquele mesmo tempo para treinar e aperfeiçoar outros pontos como força, velocidade e habilidades motoras, já que o benefício aeróbio virá de uma forma ou de outra.

Portanto, na hora de avaliar sua temporada, saiba que o número que constava no cronômetro quando você cruzou o pórtico de chegada de sua última prova, não necessariamente vai dizer se sua temporada foi um sucesso. Avalie todos os aspectos que estão envolvidos em sua rotina e celebre as pequenas conquistas que foi obtendo durante o ano. Até porque o dia da prova é apenas um dentre os outros trezentos e sessenta e quatro!

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Rodrigo Tosta, Coach - Rio de Janeiro, Brasil
http://www.ironguides.net/br
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terça-feira, 16 de novembro de 2010

MUNDIAL DE IM 70.3 - CLEARWATER 2010


O alemão Michael Raelert mostrou a que veio e confirmou o favoritismo conquistando o bicampeonato mundial de Ironman 70.3, em Clearwater na Flórida.
Na 5ª e última edição do evento, que será realizado em Lake Las Vegas a partir do ano que vem, reuniu o melhores triatletas para o mundial da modalidade nas distâncias de 1900m de natação, 90km de ciclismo e 21km de corrida. Parabéns ao brasileiro Igor Amorelli que foi o sexto colocado!

No feminino a inglesa Julie Dibens que defendia o seu título conquistado no ano passado, sentiu o cansaço das últimas provas e não conseguiu mostrar a sua força, principalmente na etapa de ciclismo, em seu 90km. Porém, a força britânica se fez presente e a também inglesa Jodie Swallow, especialista em provas olímpicas e agora sob a tutela do renomado técnico Brett Sutton, liderou a natação, abriu vantagem no ciclismo e garantiu a vitória de forma surpreeendente, com uma corrida excelente para os 21km finais.

Minha participação: Problema com o tempo da natação pois a touca que veio no meu kit era da cor errada, acabei perdendo a largada do meu age group e tive que largar na M35-39. Larguei na primeira "wave" dessa faixa, mas contabilizaram como se eu tivesse largado na segunda, 5' depois, por isso meu tempo tão baixo no site (26'50), na verdade tem que acrescer 5' o que dá 31'50. Foi bom, pois o mar tava meio mexido e com 15º de temperatura!

Percurso de bike muito rápido, mas com muitos pelotes! Consegui pedalar a maior parte do tempo sozinho, mas de vez em qdo o "expresso" me levava por alguns km, o que acabou deixando o tempo ainda mais baixo 2hs 19'.

Na corrida, tudo dentro do previsto, mas levando em conta atravessar uma ponte 4x, valeu, 1h 40'! Tempo final corrigido 4hs 38' 02, meu melhor tempo para essa distância. Estou feliz!!!