quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

CIRCUITO RIO ANTIGO 1ª ETAPA


No último domingo dia 19/12, tive a oportunidade de comemorar meu aniversário junto com alguns de meus atletas participando da 1ª etapa do Circuito Rio Antigo. O Projeto “Circuito Light Rio Antigo” tem como objetivo resgatar a essência das provas de rua, com percursos nas principais vias do centro da cidade, mais precisamente no berço histórico e cultural da Cidade Maravilhosa. Idealizado pelo ex-triatleta Virgilio de Castilho em parceria com o Subprefeito do Centro Thiago Barcellos, as provas serão uma alternativa para fugir da obviedade do Parque do Flamengo, local de muitos eventos da modalidade.

Sempre lotado de segunda a sexta, o Centro do Rio sofre com o abandono nos fins de semana, quando as ruas ficam vazias. Atualmente, projetos como o fechamento de ruas da lapa nos finais de semana, feiras culturais e etc..., preenchem em parte os objetivos de revitalização desta área por conta da Subprefeitura do Centro, com isso, a idéia de percorrer pontos importantes de nossa cidade correndo, está totalmente alinhada com as iniciativas da administração municipal.

A prova foi bem divertida, mesmo sob forte calor e ainda consegui "descolar" o Top 3 da categoria com o tempo de 20' 47". A medalha de bronze foi um excelente presente de aniversário, pra quem não estava treinando de forma específica para um prova rápida como essa!

Que venham as próximas etapas...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

10 dicas da Chrissie Wellinton


Dica #1: Paixão o levará mais longe do que qualquer marcha.


“ Você deve ser passional, apreciar o esporte e nunca perder o foco disso. Os amadores muitas vezes ficam bitolados em tempos, horas, treinos que perderam, materiais super caros... Vocês deve manter o foco de amar o esporte acima de tudo. Se divertir."


Dica #2: Mais nem sempre é melhor


Há a tendência de achar que mais é sempre melhor, especialmente no tocante aos treinos para Ironman. As pessoas pensam “Tenho minha agenda, tenho que ser escravo dela e acumular tantas horas de treino quanto eu puder. Referente a mim, as pessoas ficam impressionadas que eu não faço tanto volume como elas pensariam. Não me entenda mal, eu treino incrivelmente duro, mas priorizo também muita qualidade. É um erro pensar só em volume".


Dica #3: Não tenha medo de ir rápido.


“ Muita gente vai para o treino longo e leve. Sempre. Se você ir longe, devagar e constante, você competirá longo, devagar e constante. Você tem que ir rápido, duro e forte em troca de conseguir tempos melhores. Há um período na periodização que não se deve forçar demais, muito antes da época das provas principais. Mas enquanto as provas começam a surgir, deve-se mudar o foco. Ainda há espaço para treinos leves, mas se também devemos incorporar os grandes treinos duros e fortes".


Dica #4: Descanso é tão importante quanto treino.


"Recuperação é uma parte essencial do treinamento. As pessoas têm diários de treinamentos com colunas para tudo, horas, distância, intensidade... Mas onde está a coluna da recuperação? Esse é o 4º pilar, sem isso toda estrutura desaba. Eu divido a recuperação em nutrição, roupas de compressão (que gosto de usar) dormir bastante e descansar entre as sessões de treino. Também se deve aprender a relaxar a mente bem como o corpo. Sem o descanso, não seria a atleta que sou hoje"


Dica #5: Treine também sua mente!


"Impressiona-me o quão pouco tempo as pessoas gastam com o treino mental. 30km dentro da maratona é quando as pessoas descobrem que precisavam treinar seu cérebro também. Tenha um acúmulo positivo de imagens, sons, música, mantras... Não precisa ser relativo a esportes… Quando a hora da dificuldade chegar, lembre-se de seu banco de imagens positivas e use-o para ajudá-lo na dificuldade e ficar sereno."


Dica #6: Tenha um mantra (ou dois).


Eu tenho alguns que escrevo na minha caramanhola e na minha pulseira de prova quando corro. Um é um sorriso, o outro é “nunca desista”. Também tem um poema que costumo escrever na minha garrafinha que diz tudo o que você precisa fazer para ser um bom atleta, especialmente a parte psicológica do jogo.
“ Se você puder manter sua cabeça erguida sobre você mesmo, mesmo quando estiverem desesperados te culpando... Se você puder confiar em você quando todos duvidam, dá espaço para que a dúvida caia sobre eles”.
È sobre saber que triunfo e desastre são a mesma coisa. Podemos vencer ou perder e diversas vezes, mas perder pode ser uma experiência positiva assim como a vitória. Alguém me disse outro dia: você nunca perdeu um Ironman, como se sentiria se perdesse? E eu penso: Chegar em segundo é perder, ou é chegar em segundo? É mudando os conceitos de sucesso, fracasso, triunfo e desastre.


Dica #7: Faça doer.


É importante sofrer no treino. Aprender a sofrer e experimentar o sofrimento. Não precisa fugir dele, abrace-o, dê as boas vindas a fadiga, a dor… Se não está doendo, é porque você não está indo rápido o suficiente. Você não terá sempre dias fáceis no seu treinamento. Se você estiver mal e houver um treino difícil, é importante perseverar nesses dias. Quando você experiência isso numa prova, você já superou diversas vezes a mesma situação nos treinos. Assim você atinge paz, mesmo quando a fadiga se instala.


Dica #8: Desenvolva um grande auto-entendimento sobre seu corpo.


“ Pessoas me perguntam como sei quão rápido posso ir. Eu treinei numa velocidade tal que eu sei qual ritmo eu posso segurar por tal número de horas. Tanto faz se você treina com monitor cardíaco, medidor de potência, garmin, ou qualquer outro equipamento. Tudo é válido e bom, mas você precisa saber controlar seu próprio esforço, sua sensação, e interiorizar esse ritmo de prova. Assim você saberá que ritmo poderá sustentar no dia da prova. Quando estiver doendo 30km dentro da maratona, nenhum monitor cardíaco pode te ajudar.”

Dica #9:. Fique mais forte por ficar mais esperto.

“Você tem que estar preparado para ser objetivo e honesto consigo sobre suas fraquezas e aonde você pode melhorar em relação a seus erros anteriores. Assim, você crescerá.”




Dica #10: Coma!


“Eu me alimento com uma dieta saudável e bem balanceada. Nada é desgostoso nem banido para mim. Eu como com prazer e com saúde. Como carne vermelha uma vez por semana, bastante gordura boa (azeite de oliva, por exemplo) e carboidratos. Eu alimento meu corpo bem e essa é uma parte integral do meu treinamento. "

Dica extra: Corra por algo que importa!

"Sou super competitiva e não tenho desculpas para isso. Amo desafiar outros atletas e quero competir com eles na prova mais competitiva do mundo, Kona. Adoro a atmosfera, a camaradagem e a satisfação de vencer. Mas quando eu comecei com o esporte, eu disse ao meu técnico. Sinto-me tão egoísta, pois faço isso exclusivamente por mim. Eu havia mudado de outra área para ser uma atleta… Ele me respondeu: Com o passar do tempo você será capaz de afetar um número incrível de pessoas. Mais do que você jamais julgou ser capaz. E é verdade. Não corro só por mim mesmo, mas por uma causa. Pelas mulheres no esporte, para espalhar conhecimento, inspirar e encorajar as pessoas. Não quero apenas vencer. Quero vencer de tal maneira que afete e motive as pessoas pela minha paixão pelo esporte."

sábado, 4 de dezembro de 2010

RECONFIGURAÇÃO NEUROMUSCULAR: QUANDO ANDAR PODE TE FAZER IR MAIS RÁPIDO


Na ironguides, nós temos focado o treinamento no desenvolvimento de padrões motores no lugar da tradicional abordagem que visa desenvolver a resistência (endurance). Nós encaramos os treinamentos dessa forma para garantir a especificidade e reduzir o risco de lesões. O desenvolvimento do endurance acontece em paralelo a isso, mas não é o único foco do treinamento. Quando digo desenvolvimento de PADRÕES MOTORES, me refiro ao controle dos movimentos pelo sistema nervoso. Cada movimento que fazemos é controlado pelo cérebro, que deve identificar uma parte da fibra muscular (PADRÕES) que realizará o movimento que queremos, como uma pedalada na bicicleta. Nós usamos padrões de fibras musculares distintos conforme a velocidade e o terreno no qual estamos realizando o movimento. Assim, devemos focar os padrões que utilizaremos nas competições durante o treinamento, para obter o máximo de nossas habilidades.

Esse processo pode parecer muito simples. Por exemplo, um corredor de pista que deseja correr os 1.500m abaixo de 4 minutos, pode se preparar correndo 4 séries de 400m em 60 segundos cada uma, fazendo quantas repetições for necessário para desenvolver esse padrão motor. No dia da competição, esse padrão motor está tão enraizado que ele simplesmente vai lá e faz o que tem que fazer.

O problema é que esse processo é um pouco mais complicado à medida que as distâncias e as durações das competições aumentam, especialmente após 45 minutos de atividade. No caso de um Ironman, com duração entre 8 e 17 horas, é necessário pensar com mais cautela sobre a abordagem adequada.

O que acontece quando aumentamos a duração de uma competição?

Treine com as planilhas da ironguides
À medida que a duração de uma competição aumenta, temos que considerar mais um fator neuromuscular, a fadiga. A fadiga decorre da repetição da mesma ação várias e várias vezes. Por exemplo, se pedalarmos a uma cadência de 80RPM (rotações por minuto), ao longo do tempo, nosso cérebro sofrerá fadiga, já que coordenou as fibras musculares repetitivamente para realizar o movimento da pedalada. À medida que o cérebro sofre fadiga, as respostas se tornam mais lentas e imprecisas, isso gera perda de técnica e eficiência no movimento, diminuindo nossa velocidade e gastando mais energia. Isso não é algo que seja necessário (ou possível) lutar, nós simplesmente precisamos reconfigurar os caminhos neuromusculares.

Um exemplo disso é o que acontece com os corredores de maratona entre os quilômetros 28 e 35. Há muito se argumenta que, quando as reservas de energia se esvaziam, a sensação de pernas cansadas domina o corpo, à medida que o organismo passa a queimar gordura para manter seu nível de energia. No entanto, é pouco provável que isso seja a causa de um atleta de Ironman ter a mesma sensação exatamente no mesmo ponto da maratona, uma vez que ele nadou 3.800m e pedalou 180km antes de começar a corrida. Eu diria que se trata, muito mais, de uma relação com a fadiga dos padrões motores: parece haver um limite no número de passadas por minuto onde, a partir de então, o desempenho se deteriora significativamente. Contudo, essa “quebra” neuromuscular não é permanente e, de fato, pode ser reconfigurada bem rapidamente. Porém, para fazer isso, nós precisamos parar ou mudar totalmente as demandas de nosso cérebro por um determinado período de tempo.

Postos de hidratação: perfeitos para reconfiguração neuromuscular
Postos de hidratação em uma competição podem ser nossa salvação, significando muito mais do que uma oportunidade para reabastecer as energias. Os postos permitem que um atleta pare um pouco ou reduza seu ritmo por um breve período de tempo, que parece ser o tempo necessário para um descanso em nosso sistema neuromuscular. Muitos atletas profissionais de Ironman costumam caminhar nos postos de hidratação. Eles fazem isso porque é mais fácil de se alimentarem e se hidratarem e, principalmente, porque se sentem melhor quando voltam a correr, retardando a fadiga. Muitos atletas com os quais trabalhamos acreditam que andar na maratona é um sinal de fraqueza, mas à medida que praticam isso no treinamento, percebem que se trata de uma importante arma secreta para aumentar seu desempenho. Sem nenhum tipo de teste, não conseguimos saber o tempo ideal para a reconfiguração efetiva, mas algo coisa em torno de 30 segundos costuma funcionar muito bem.


Postos de hidratação podem salvar sua corrida
Um grande exemplo de reconfiguração neuromuscular foi dado por Torbjorn Sindballe no Ironman do Havaí 2007. Sindballe estava na terceira colocação e começou a quebrar no final da corrida. Ele parou em um banheiro químico quando se sentia mal e foi alcançado por Tim de Boom, que vinha em quarto lugar. Ao sair do banheiro, Sindballe se sentiu ótimo novamente, deixando Tim para trás e garantindo a terceira colocação, seu melhor resultado na carreira. Não houve nenhum tipo de alimentação mágica, nenhum impulso de energia, simplesmente uma reconfiguração neuromuscular que o permitiu correr como ele havia treinado e se preparado.

Estratégia de reconfiguração neuromuscular de acordo com o percurso da prova
Percursos diferentes apresentam desafios diferentes para os atletas. Normalmente, consideramos que um percurso plano será mais rápido e mais fácil (como se houvesse algo que fosse fácil em um Ironman). Isso explica porque muitos atletas procuram provas rápidas acreditando que são planas, como o Ironman Áustria e o Challenge Roth (Alemanha), e se surpreendem com as subidas. As subidas, no entanto, são verdadeiras bênçãos na bike, já que criam uma mudança natural na cadência e na forma como pedalamos, forçando uma reconfiguração neuromuscular no atleta. Com isso, poucos atletas quebram e muitos conseguem manter uma velocidade elevada durante todo o percurso. Em percursos realmente planos, como o Ironman Flórida, você pega sua bike e mantém praticamente o mesmo ritmo durante os 180km. Nesse tipo de prova é bom programar uma reconfiguração neuromuscular periódica durante o percurso, evitando esperar que suas pernas se cansem e você comece um processo forçado de reconfiguração. Com essa visão em mente, apresento abaixo algumas práticas comuns para ajudar a melhorar sua performance em Ironmans:

Natação

Também há fadiga neuromuscular na natação e é bom ter um bom arsenal de diferentes braçadas para provocar a reconfiguração, alternando braçadas longas e fortes quando se nada contra a corrente, com braçadas curtas e rápidas quando se nada a favor da corrente.

Bike

Como eu mencionei acima, nos percursos com montanhas, sofremos reconfigurações naturais devido às alterações no percurso, logo não é necessário planejar muito as reconfigurações. em percursos planos, no entanto, eu gosto de fazer uma reconfiguração a cada 30 minutos. para fazer isso, sugiro colocar a marcha mais pesada (big gear) e pedalar em uma cadência baixa (menor do que 60RPM) durante 2 a 3 minutos, retornando então para nossa cadÊncia recomendada (75-80RPM).

Corrida

Na corrida, já estamos enfrentando níveis elevados de fadiga neuromuscular, e a reconfiguração se torna ainda mais importante. Uma estratégia interessante que utilizamos é 9 minutos de corrida para 1 minuto de caminhada. Essa estratégia permitiu que diversos atletas nossos corressem até 1 hora mais rápido do que nas tentativas que já haviam realizada na maratona de um Ironman. Vários atletas de alto desempenho vão deixar para caminhar somente nos postos de hidratação para gerar a reconfiguração. Mesmo que seja apenas de 10 a 20 segundos, se realizado regularmente, é extremamente efetivo.

Aproveitem seu treinamento!

Alun “Woody”
ironguides coach, UK e Hungria

AVALIE SUA TEMPORADA - PARTE 2

Dando sequência a nossa série de artigos de final de ano sobre a avaliação da temporada e a constante busca de melhoras, seja em termos de performance ou saúde, abordamos nessa 2ª parte questões mais técnicas, de como olhar para trás, identificar problemas e construir soluções.

É importante, antes de mais nada, separar as possíveis mudanças em dois grupos. O primeiro é o quesito “estilo de vida”, pois se considerarmos que a maioria dos atletas tem tempo limitado para treinar, é preciso identificar como melhorar sua performance, enquanto você não treina, e ainda identificar até que ponto você está disposto a mudar sua rotina ou estilo de vida. Já o segundo grupo, são os detalhes técnicos que envolvem treinos, competições, e tudo aquilo que envolve a prática do esporte por si.

1 - Avaliando seu estilo de vida

A circunstâncias e estilo de vida em que você se encontra tem, de certa forma, um impacto em sua performance nos esportes de endurance, principalmente no triathlon. Por mais que para treinar você só precisa de algumas horas por semana, muita força de vontade, e um mínimo de condições em termos de equipamento e locais para treinos, se você está lendo esse artigo é bem provável que está em busca de melhora, portanto, precisa entender a importância do impacto de seu estilo de vida em sua performance.

Se analisarmos o perfil da maioria dos praticantes de esportes de endurance iremos encontrar a faixa etária entre 30-50 anos, profissionais relativamente bem sucedidos e com compromissos familiares. Isso resulta naquela tão famosa rotina corrida, onde você tenta encaixar os treinos quando possível, seja antes mesmo do sol nascer, ou até mesmo em sua hora do almoço.

Mesmo que seu trabalho seja estressante, e lhe deixa esgotado fisicamente, você passa a maior parte do seu tempo sentado, o que é um descanso físico. Portanto um atleta com esse perfil, teria em média seis a oito horas por semana disponíveis para treinos o que, apesar de ser algo muito acima do que a maioria da sociedade pratica, ainda lhe limita na questão de até que ponto essas horas de treino podem lhe trazer ganhos.

É então que começa a busca por espaço para entrar em forma, sem necessariamente aumentar seus treinos, considerando:

Nutrição

Estar com o peso em dia é provavelmente a maneira mais eficaz de melhorar seus tempos na corrida. Livrar-se daqueles quilinhos extras não só lhe deixará mais rápido, mas trará benefícios na saúde a curto e longo prazo. É de extrema importância entender o peso que sua dieta tem em sua saúde, pois será um hábito diário a se desenvolver para conseguir chegar em um peso ideal, mesmo mantendo um mínimo de flexibilidade no cardápio, afinal ninguém é de ferro, mas é provável que quanto mais você sinta os benefícios de uma dieta “clean”, menos vai abusar das bobagens.

O segundo ponto do seu cardápio deve considerar a importância dela no equilíbrio do sistema endócrino em seu corpo. O que você come tem um impacto nos niveis de hormônios que são o carro chefe de seu corpo, como a testosterona, hormônio do crescimento e insulina. Aprenda como cada alimento, e o horário de cada refeição interfere ou não com cada desses hormônios, e veja os resultados aparecerem.

E por último, considerando que você já tem uma alimentação balanceada, é hora de se aprofundar um pouco mais. Entenda a importância da equação calorias x nutrientes. Por exemplo, a palavra carboidrato sozinha já é algo ultrapassado, escolha alimentos que lhe trarão mais nutrientes e vitaminas, por caloria ingerida.

Estresse

Existe uma explicação pelo qual você se sente esgotado ao final de um dia ou semana estressante no trabalho, o processo de “limpar” o cortisol de seu sangue tira bastante energia de seu corpo, energia esta que poderia estar sendo utilizada para os treinos ou demais atividades de sua vida.

Considerando que o estresse que vem de compromissos profissionais e pessoais são difíceis de controlar, pois são fundamentais para sua carreira e vida familiar, comece a buscar maneiras de diminuir os estresses associados com seu treino. Um dos benefícios de quando você treina pelo Método, é não utilizar ferramentas como monitores cardíacos ou de potência, pois os números, durante e após os treinos, é mais uma informação para ser processada, trabalhada, e tem pouca influência em sua performance física. Busque treinar de forma mais livre e prazerosa, utilizando percepção de esforço para estruturar as intensidades de seus treinos.
2- Avaliando sua performance

Uma vez que você entenda e trabalhe seu estilo de vida para melhorar sua performance, é hora de ajustar os detalhes em seus treinos e sua estratégia de prova, pois você tem um estilo de vida, histórico esportivo, pontos fortes e fracos, históricos de lesões, finanças, locais e grupos para treinos, fatores esses que são unicamente seus e vão determinar como deverão ser seus treinos e como utilizar deles no dia da prova para atingir sua melhor performance possível, dentro de seus limites e circunstâncias.

Estratégia de prova

É importante montar seu calendário de tal maneira que complete a busca pelo seu potencial máximo. Uma mistura entre “provas treinos” onde o objetivo não é somente performance, mas sim aprender a lidar com situações novas, geralmente trabalhando seu ponto fraco. E, claro, escolha aquelas provas para as quais você gostaria de dar prioridade, e você sabe, desde agora, qual estratégia vai utilziar durante ela para atingir seus objetivos.

Elaborando seus treinos

É importante definir com seu treinador quais são os objetivos para a próxima temporada, baseado nos fatores mencionados acima, e também em seus resultados em competições e treinos na temporada passada.

É importante também levantar os pontos em que você mais terá ganhos, o que é uma situação interessante, pois na maioria das vezes vem com tipos de treinos que você não gosta de fazer, e que justamente traria os maiores ganhos.

A busca pela planilha perfeita é sempre um desafio de treinador e atleta, pois ela está em equilíbrio entre performance nas provas com o prazer de treinar todos (ou quase todos) os dias.

Bons treinos.

Vinnie Santana
ironguides coach, Tailândia