terça-feira, 12 de outubro de 2010

REABASTEÇA-SE!


Descobrir o que funciona melhor pra você, vai requerer algumas tentativas e erros mas tenha certeza que o que você escolher irá influenciar na sua recuperação após as sessões de treinamento. E isso se torna ainda mais importante quando o intervalo entre as sessões de treinamento são inferiores a 24 horas, porque você terá que maximizar sua hidratação e alimentação, para recuperar a musculatura para o próximo treino.

A reposição alimentar após os treinos variam de bebidas isotônicas, mixes protéicos e barras, além da "comida de verdade", suco de frutas e talvez uma escolha que está ganhando força nesses dias, que é leite achocolatado com baixo teor de gordura. Independentemente da maneira que cada atleta tem para se reabastecer, existem algumas que devem ser consideradas na hora de decidir a escolha da reposição nutricional. Para isso, seu plano de nutrição deve ter por objetivo a reposição do glicogênio muscular e líquido corporal (água e sais minerais).

Você pode estar familiarizado com recomendação de se alimentar logo nos primeiros 30 minutos após o exercício. Já parou para pensar porque estes primeiros 30 minutos são tão importantes? Estudos tem mostrado que durante esta primeira meia hora, o corpo é capaz de absorver com maior rapidez e eficiência os nutrientes, restaurando e armazenando o glicogênio muscular, devido a alta sensibilidade da insulina.

O triatleta pode rapidamente depletar o glicogênio muscular, por isso é de extrema importância o consumo imediato de carboidrato. Os estudos recomendam a ingestão de 0.5 a 0.7 gramas por quilo de peso corpóreo como uma quantidade ideal para uma rápida absorção. Dessa forma um atleta de 70Kg pode necessitar de aproximadamente 80g de carboidrato imediatamente após o treino.

Tem havido muitas dúvidas em relação ao valor da ingestão de proteína como parte da recuperação muscular. Geralmente são utilizados um terço ou um quarto de proteína para cada parte de carboidrato. Procure incluir fontes protéicas de alta qualidade como Whey Protein, leite de soja, carnes magras ou nozes podem ajudar a acelerar a recuperação das fibras musculares. Se um triatleta de 70Kg estiver consumindo 80g de carboidrato, é recomendado que ingira ed 20 a 26g de proteína para uma ótima recuperação. Além disso, a Glutamina é encontrada em vários produtos e podem ser benéficos para a recuperação muscular.

A maneira mais eficaz de descobrir a quantidade de líquido ideal para você, é pesar-se antes e depois do treino. Você deve se hidratar com 300ml de líquidos a cada 0,5kg de peso corpóreo perdido. Procure ingerir sódio, para melhorar sua hidratação, repondo os sais perdidos através do suor.

Mas da mesma forma que cada atleta possui uma necessidade de líquidos, a quantidade de sódio ideal também irá variar para cada atleta. Salgadinhos, pílula da sal e bebidas isotônicas são boas opções para repor os sais perdidos. A recomendação são 110-200mg de sódio por 250ml de fluido, que é a quantidade encontrada na maioria das bebidas isotônicas disponíveis no mercado.

Conhecendo a quantidade em gramas de carboidratos e proteínas, mililitros de fluidos e miligramas de sódio de quais seu corpo precisa, já é metade do caminho e descobrir quais comidas e líquidos funcionam melhor pra você é a outra metade. A maioria dos alimentos e bebidas escolhidos por você vai depender do gosto, tolerância, conveniência e custo.

Alguns atletas simplesmente não toleram alimentos sólidos durante ou logo após o treino. É nessa hora aonde os mixes protéicos podem ajudar. O ponto negativo desses mixes, é que geralmente não são saborosos e podem custar caro. Se você optar por consumir esses produtos, não gaste seu dinheiro com ingredientes desnecessários. Consultar um nutricionista pode sair mais em conta do que gastar uma grana com produtos que não estão te ajudando o tanto quanto poderiam.

Com a quantidade de bebidas isotônicas e de recuperação pós treino existentes no mercado, fica difícil escolher uma. Mas acredite ou não, que leite achocolatado desnatado pode ser uma excelente fonte para uma recuperação acelerada. Outras boas opções de "alimentos de verdade" podem ser, sanduíche de peru com pasta de amendoim e geléia, frutas, granola, iogurte além de leite ou iogurte desnatado ou de soja.

Utilize seus treinos longos pra experimentar quais escolhas melhor se adaptam ao seu corpo e ao seu bolso. Só após descobrir o for melhor para você, use-os em sua próxima competição. Não experimente nada novo durante ela!

Agora você já tem uma idéia do que ingerir durante os primeiros 30 minutos pós treino, mas sua recuperação ainda não está completa. Duas horas após o término do treino, está na hora de fazer uma refeição balanceada com proteína, carboidrato e gordura. É uma ótima hora para ingerir gorduras "sadias" (mono e poli insaturadas).

Exemplos de uma refeição balanceadas são salmão com batata doce e vegetais cozidos ou macarrão ao alho e óleo misturado com frango e vegetais com um pouco de parmesão para quem gostar. Sendo um triatleta seu corpo exige certas demandas. Para melhorar sua performance seu corpo precisa estar forte, com bastante energia e com seu sistema imune funcionando bem. Uma alimentação e hidratação adequadas são essenciais antes, durante e após a competição.

Fonte: 3zone.com

"VACUOLÂNDIA HAVAIANA"



Até mesmo na prova mais famosa do triathlon mundial, o Ironman do Havaí, onde teoricamente estão os melhores triatletas do mundo, nos deparamos com flagrantes como esses de enormes pelotões como em competições de ciclismo.

A fiscalização precisa ser mais severa sim, mas a chave da questão está na consciência de cada um! Precisamos mudar isso, precisamos combater essa prática para termos resultados mais "limpos" e disputas mais verdadeiras. Precisamos enaltecer a magia desse esporte que é a superação de nossos próprios limites!

Fica aqui o meu protesto!

COMO É SUA CONDUTA NAS PROVAS DE TRIATHLON?


Treinar é muito bom! Elaborar um planejamento e segui-lo o mais fielmente possível, perceber as mudanças que ocorrem no corpo, observar o quanto a rotina ensina e traz benefícios é muito recompensador. Mas de que serviria toda essa preparação, todo esse esforço se não pudéssemos colocar tudo em prática?

E é exatamente no dia da prova que fazemos isso. Mas uma prova de triathlon é muito mais do que apenas superar nossas marcas ou testar nossos limites físicos, é a oportunidade de conhecer novos lugares, nos relacionarmos com os outros atletas e até fazermos novas amizades. É nesses últimos dois pontos que gostaria de me prender para dar sequência a esse artigo...

Como devemos nos relacionar com outros atletas durante uma prova de triathlon? É realmente uma disputa; alguns buscam apenas cruzar a linha de chegada, outros um lugar no pódio, há os que querem, a todo custo, uma vaga para o campeonato mundial e ainda os que lutam pela premiação em dinheiro.

Cada um tem seu objetivo e deve interagir com o outro da melhor forma possível, e logicamente dentro das regras, para atingirem suas metas. Na última competição que participei, pude observar e vivenciar algumas situações que julgo, no mínimo, antidesportivas.

A situação mais corriqueira e que, tenho certeza, vou me tornar repetitivo falando, é a questão do vácuo, que no caso da referida prova era proibido. É impressionante como muitos atletas tentam se valer desse artifício para levar vantagem.

Fica aqui a questão: qual o sentido de uma prova de resistência em que você burla as regras e consegue um resultado expressivo? Que valor tem esse resultado? O que, realmente, esses atletas estão buscando?

Ainda durante o ciclismo, vi um atleta jogando fora suas caramanholas, no meio da pista e não no acostamento, sem a menor preocupação com quem vinha atrás. Alertei-o sobre esse risco de causar algum acidente e ele me respondeu com grosseria e palavras de baixo calão! Por que agredir verbalmente? Por que não reconhecer o erro e buscar repará-lo para a segurança de todos?

Outra situação lamentável aconteceu comigo. Durante a etapa de corrida, estava lado a lado com uma atleta profissional, a quem admiro por sua determinação e comprometimento com o esporte, pois mesmo tendo outro emprego ainda sim se mantém competitiva e focada em seus objetivos.

Em um determinado momento, por uma circunstância de falta de espaço no percurso essa atleta me empurrou e gritou: “Chega pra lá!” Tentei entender o fato, por acreditar que ela estava “brigando” por uma boa colocação e uma premiação em dinheiro, além de estar com uma diferença considerável para as primeiras colocadas.

Entretanto, fiquei estarrecido com a falta de controle, de educação e de profissionalismo da parte dela, até porque, destratar um atleta amador é destratar o maior responsável por aquele evento estar acontecendo, já que os amadores correspondem a mais de 90% dos participantes e, sem eles, os profissionais não teriam condição de estar ali, ganhando seu sustento e desempenhando seu trabalho.

Por último, ao chegar à área destinada aos atletas após a prova, local onde todos se alimentam, se hidratam e principalmente se confraternizam, presenciei dois atletas chegando às vias de fato. Socos, ponta-pés e correria, tudo pela alegação de que um tinha derrubado propositalmente o outro durante o ciclismo. Será que realmente foi proposital? É dessa forma, agredindo, que devemos proceder para resolvermos nossas diferenças com alguém?

Como citei no início desse artigo, uma prova de triathlon é também uma oportunidade para nos relacionarmos com outras pessoas, fazer novas amizades, mas precisamos de mais espírito esportivo, mais paciência e, sobretudo mais educação, pois é isso que o esporte nos ensina, a respeitar as diferenças e disputar para que vença o melhor!

Não deveria haver espaço para esse tipo de conduta e, sinceramente, acredito que isso seja coisa de uma minoria, mas que infelizmente atinge a todos. Que venham outras provas e que todos reflitam melhor sobre suas condutas, para que possamos ter eventos cada vez mais perfeitos e apaixonantes...
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Rodrigo Tosta, Coach - Rio de Janeiro, Brasil
http://www.ironguides.net/br
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domingo, 10 de outubro de 2010

KONA ESPETACULAR!!!


Em uma disputa alucinante até os últimos quilômetros da prova, o australiano Chris McCormack, 37 anos, conquistou sua segunda vitória na final do Circuito Mundial Ironman, na lendária prova disputada em Kona, no Havaí, neste sábado (9), repetindo seu primeiro lugar de 2007. Na elite feminina, vitória convincente da também australiana Mirinda Carfrae.

Craig Alexander, que venceu consecutivamente nos últimos dois anos, ficou com a quarta colocação. Os tempos foram baixos em 2010, o quinto colocado no pódio, Raynard Tissink. fez tempo menor que Craig em 2009, terminando com 8h20min11s. McCormack atravessou a linha de chegada com 8h10min37s.

Depois do anúncio na véspera da prova de Chrissie Wellington, campeã nos últimos três anos, de que não participaria da prova por conta de uma gripe, começaram as apostas sobre quem subiria no lugar mais alto do pódio este ano. Com uma incrível corrida, Mirinda Carfrae, de 29 anos, conquistou o título de campeã 2010 do Ironman, convencendo ao fazer o quarto tempo mais rápido na história da prova (8h58min36s), e a maratona mais rápida já feita em kona por uma mulher, 2h53min. Mirinda foi a campeã do Circuito Ironman 70.3 em 2007.

Brasileiros no Ironman Havaí - Ciro Violin foi o melhor brasileiro na prova e conquistou a primeira colocação na disputada categoria 30-34, completando a prova em 8h54min13s, e conquistando a 40ª colocação em os 1.800 atletas. Na mesma categoria, Antonio Ferreira Neto ficou com a 12ª posição e 88º na classificação geral. Entre as mulheres, Luiza Tobar ficou na 5ª colocação em sua categoria (18-24) e Ana Taddei ficou na 17ª posição na categoria (25-29).

Fonte: ativo.com