quarta-feira, 30 de setembro de 2009

TRI-BIKE: BONITA OU EFICIENTE?


Todo triatleta gosta de bicicletas. Para a maioria, elas são o equipamento mais charmoso do esporte, carregam consigo algumas características que identificam seus usuários, conferem status e muitas vezes autoconfiança.
Dentro desse contexto, os fabricantes lançam, todo ano, bicicletas mais leves, rígidas, aerodinâmicas e com designes cada vez mais futuristas. É comum olharmos os catálogos ou revistas especializadas e ficarmos literalmente vidrados com os modelos expostos.
Conceitualmente, quanto mais "agressiva", mais aerodinâmica e mais atraente é a bike. Olhando as bicicletas dos atletas profissionais, observamos normalmente, que estas tem um desnível considerável entre o selim e o guidão. Mas será que esses conceitos são aplicados a todos os atletas?
Devemos tomar como base o princípio da individualidade biológica, que diz que cada ser humano é único e essa singularidade deve ser respeitada. Outro ponto a ser observado é que os profissionais, são atletas geneticamente privilegiados, além de terem uma enorme “bagagem” de anos praticando o esporte e na grande maioria das vezes um tempo disponível para treinamento bem superior ao dos atletas amadores, o que lhes dá uma condição diferenciada para suportar determinadas imposições feitas na busca dos melhores resultados.
Atletas amadores de provas curtas podem até se dar o luxo de não se preocupar tanto com conforto, mas atletas que pensam em participar de competições de Ironman e/ou de 70.3 não podem abrir mão desse quesito ou estarão fadados a pagar um alto preço na etapa de corrida e consequentemente no seu tempo final de prova.
A posição aerodinâmica nada tem a ver com o quanto seu guidão está baixo em relação ao selim (desnível). Tem sim, relação com o quão forte você consegue pedalar naquela posição, por quanto tempo e em que condições sairá para correr depois. A melhor posição aerodinâmica é aquela que você consegue sustentar quando está cansado! De nada adianta estar muito agressivo se você a toda momento muda de posição para relaxar o pescoço ou as costas, fazendo com que o arrasto aerodinâmico aumente.
Portanto, mesmo que sua bike não fique tão “bonita” pendurada na área de transição, pense que ela será mais eficiente e te levará em melhores condições a cruzar a linha de chegada!!!
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Rodrigo Tosta, Coach - Rio de Janeiro, Brasil
http://www.ironguides.net/br
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